Aventuras & Aventureiros – Dicas de Caminhadas

Hoje o programa Aventuras & Aventureiros, deu dicas sobre caminhadas de longa distância e também informou detalhes sobre a caminhada noturna que acontecerá em breve na cidade de Campo Mourão. Participaram do programa o casal Karina Legnani e Andrey Legnani.

Você pode assistir ao programa na íntegra, pelo link do Facebook abaixo:

Andrey, Vander e Karina.

Turvo – PR 1º dia

Aproveitando o feriado de sete de setembro, viajei quase 200 quilômetros até a cidade de Turvo. A cidade fica no meio de morros, possui muitas cachoeiras, matas, araucárias e paisagens deslumbrantes. O Mauricio Pilati a frente da Gralha Azul Turismo, tem feito um ótimo trabalho de receptivo, e explorando de forma correta as muitas atrações que a região de Turvo possui.

No primeiro dia fizemos uma caminhada de quase 20 quilômetros, passando por muita mata preservada, pastos, estradas vicinais, atravessando rios e conhecendo algumas cachoeiras. Almoçamos em um sítio, onde fomos muito bem recebidos. Fui fazer graça numa espécie de touro mecânico manual e levei um belo tombo, que felizmente não causou nenhum dano. No final do dia teve rapel ao lado de uma cachoeira, mas não participei, pois sentia muitas dores nas costas e no tornozelo direito.

No começo da noite jantamos em uma Casa Holandesa, que fica na região rural de Turvo. Foi servida uma deliciosa sopa de ervilhas, que passou horas sendo cozida em forno a lenha. Estava uma delícia e só não comi mais com medo de passar mal. Depois da janta teve sobremesa e um agradável bate papo com os novos amigos feitos durante o dia. Depois seguimos para o hotel, onde após um revigorante banho fui direto para a cama e dormi o sono dos justos, pois estava muito cansado após ter acordado de madrugada para pegar a estrada e do dia intenso que tivemos.

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Caminhada na Natureza – Borrazópolis

Hoje madruguei e enfrentei quase 150 km de estrada com três amigos, para participar da primeira Caminhada na Natureza de 2020. Fomos até a cidade de Borrazópolis, onde já participei de uma caminhada há alguns anos. Na estrada fomos cantando, conversando e rindo bastante. O chato foi depois chegar em Borrazópolis, e ter que enfrentar uma estrada esburacada de 11 km, até o local onde seria o início da caminhada.

Chegando ao local do início da caminhada fomos tomar café, e após um longo atraso teve início a caminhada. Boa parte do percurso foi pelas margens do rio Ivaí, inclusive com direito a passar pelo Salto Fogueira, um local muito bonito. Em alguns trechos era possível entrar no rio, e por ser uma região de areia, a água era muito limpa. Foi uma caminhada divertida, e de negativo foi uma longa subida no final, que por conta do atraso no início da caminhada, tal subida foi percorrida com o sol do meio dia e alguns caminhantes passaram mal.

Após descansar um pouco, fomos almoçar e daí aconteceu algo muito chato. Por ser ano de eleições municipais, alguns políticos espertalhões, utilizaram a caminhada para inaugurar não sei o que. E ficaram discursando e falando um monte de bobagens que nem dava para entender direito, devido ao som ruim e a péssima acústica do local. E para piorar não liberaram o almoço, ficaram esperando os políticos terminarem seus horríveis discursos primeiro. O problema é que o local do almoço foi enchendo, todas as mesas e cadeiras ficaram ocupadas e longas filas se formaram. Em tempos de “Corona Vírus”, quando a indicação mundial é evitar aglomerações de pessoas, os espertos políticos locais acabaram causando uma enorme aglomeração de pessoas (famintas). O pessoal cansou de esperar, e mesmo sem a liberação da organização começaram a se servir. Então os políticos encerraram os discursos e receberam mais vaias do que aplausos. Outro detalhe foi que boa parte dos participantes da caminhada eram de pessoas de outras cidades, cuja maioria não tem interesse nos políticos de suas cidades e muito menos nos políticos de Borrazópolis. E a demora em liberar o almoço por culpa da discurseira inútil, acabou atrasando a volta para casa do pessoal de outras cidades. No caso meu e de meus amigos, acabamos chegando em casa quase no final da tarde, e com certeza tão cedo não voltaremos a participar de eventos na cidade de Borrazópolis.

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Caminhada Noturna São Francisco de Assis

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Nesse final de semana participei de uma caminhada noturna, que foi desafiadora, mas muito legal. Não era para eu ter caminhado, pois na noite anterior a caminhada, tinha ido parar no hospital com dores abdominais. O médico estava achando que era um começo de inflamação de apendicite. Perguntei a ele se sendo um começo de inflamação, eu deveria ficar em repouso. Ele respondeu que tanto fazia eu ficar em repouso, ou jogar futebol, pegar peso e etc. Que isso não iria impedir a inflamação de se tornar algo mais grave. Diante de tal resposta, mesmo com dor, fui participar da primeira Caminhada Noturna São Francisco de Assis.

Nos reunimos no final da tarde de sábado, em frente a Paroquia de São Francisco de Assis, em Campo Mourão. Seriam 20 participantes, sendo alguns vindos de outras cidades. Ali tiramos uma foto do grupo reunido e embarcamos em um ônibus rumo a região do Boi Cotó. Já estive algumas vezes no Boi Cotó, participando de caminhadas e outros eventos. É uma região muito bonita, com muitas subidas e matas, um local excelente para caminhar de noite. A caminhada seria de 40 quilômetros.

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Os participantes da caminhada reunidos.

Antes de iniciar a caminhada, foi servida uma deliciosa galinhada. Comi um pouco mais do que deveria, antes de uma longa caminhada. Mas é que estava tão bom, que não resisti e comi bastante. Então me dei conta de que tinha esquecido minha lanterna em casa. Caminhar durante a noite sem lanterna, seria meio problemático. Após todos comerem, tivemos um breafing, onde foi explicado como seria a caminhada, horários, paradas, carros de apoio, segurança. Em seguida tivemos um momento de oração e meditação.

Passava um pouco das 20h00min, quando iniciamos a caminhada. Segui conversando com alguns amigos e pegando carona na claridade da lanterna deles. Os primeiros quilômetros de caminhada, como esperado foram tranquilos e rolou muita conversa. Eu ia alternando as pessoas com quem caminhava ao lado e conversava. Enfrentamos algumas subidas bem pesadas, e descidas com pedras soltas, que dificultavam um pouco o caminhar. Mas nada disso era problema e a caminhada transcorreu bem em seus primeiros quilômetros.

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Fizemos uma parada mais longa no povoado de Silviolândia. Aproveitei para repor meu estoque de água e também para colocar micropóro no calcanhar direito, onde estava começando a surgir uma bolha. Após muito pensar nos dias anteriores, decidi caminhar de tênis e não de bota de caminhada. O solado do tênis era mais confortável para caminhadas longas, do que o solado da bota, que no caso da minha, era indicada para trilhas mais curtas. Se por um lado eu perdia a segurança do cano médio da bota, que reduzia o risco de virar os pés, por outro lado eu ganhava em leveza e conforto.

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Passando por Silviolândia.

Retornamos a caminhada e logo passamos da marca de 10 quilômetros. Até aqui tudo bem, eu não sentia dores e o temor de não conseguir terminar a caminhada que me acompanhou no início, foi desaparecendo. E a dor no abdômen que me levou ao hospital na noite anterior, talvez pelo efeito dos remédios que estava tomando, tinha diminuído. Era noite de lua crescente e quando ela ficou alta no céu, a noite ficou tão clara, que era possível caminhar sem utilizar a lanterna. Passamos por alguns lugares onde a paisagem noturna, iluminada pela luz da lua, era de uma beleza sem fim. Você via a estrada ao longe, a mata, morros próximos, e tudo isso envolto numa atmosfera meio que de mistério, entre a claridade e a escuridão. É uma pena que fotos e filmagens não sejam capazes de captar tão bela paisagem e cores, e principalmente a sensação de estar ali naquele lugar caminhando.

A região por onde caminhamos é conhecida por eventualmente ter onças. Mas acredito que ninguém tenha ficado com medo. A não ser quando escutávamos algum barulho estranho vindo da mata! Chegamos ao vigésimo quilômetro da caminhada e a partir daí é que as coisas começariam a complicar, pois seria o inicio das dores físicas. Cada um dos participantes tinha um condicionamento físico diferente, e isso fez com que o pessoal se dispersasse. Alguns iam mais a frente e outros lá atrás. Fiquei na galera que seguia atrás, pois queria curtir a experiência e não caminhar quase correndo, pois não era uma competição. Para mim o importante era caminhar todo o percurso e chegar ao final, independente de ser o primeiro ou o último. Teve um pequeno trecho de lamaçal, onde atravessamos de carona com dois “gaioleiros” que nos acompanhavam como carros de apoio.

Passava das duas da manhã quando deixamos de caminhar por estradas de terra e passamos a caminhar pela recém recapada estrada do Barreiros das Frutas. Esse trecho é uma longa subida de uns três quilômetros. Nessa parte optei por caminhar sozinho, e meditei, conversei um pouco com Deus. Pedi uns conselhos, agradeci algumas coisas, fiz dois propósitos para 2020, lembrei de algumas coisas ruins do passado, e de uma pessoa em especial, que mesmo estando próxima fisicamente, ficou muito distante de minha vida… Deixa pra lá! Eu estava muito preocupado com a possibilidade da suspeita de apendicite se tornar algo real, e eu ter que passar por uma cirurgia nos próximos dias. Para mim esse foi o momento mais especial da caminhada, pois me senti conectado com algo meio sobrenatural, uma coisa superior, algo difícil de explicar. Sei que de repente algumas lágrimas correram pelo rosto, meio que desabafando, descarregando coisas ruins… Isso me fez bem! Quando cheguei no final desse trecho de subida e voltamos a caminhar em estrada de terra, eu me sentia mais leve… E mais dolorido! Cada quilômetro a mais que percorria, se tornava mais difícil. Mas a partir daí parei de contar quantos quilômetros tinha percorrido e passei a contar os que faltavam para encerrar a caminhada. Psicologicamente isso ajudava e ver as luzes da cidade, cada vez mais próxima, dava uma motivação a mais.

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Pouco depois das três da madrugada, fizemos uma parada mais longa, para lanchar. O local era estratégico, ficava debaixo de uma placa enorme de publicidade, próximo ao anel viário da cidade. Mesmo tendo comido bastante no jantar, eu já estava faminto. Uma caminhada longa igual à que estávamos fazendo, consome muitas calorias. Depois do lanche papeamos um pouco e voltamos a caminhar. Acho que a parada não me fez muito bem, pois o corpo esfriou e passei a sentir ainda mais dores, principalmente nos pés. Segui conversando com alguns amigos, e seguindo outros amigos que pegaram o caminho errado, também erramos o caminho e tivemos que voltar até a estrada correta. No final esse perdido rendeu algumas boas piadas.

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Parada para o lanche da madrugada.

Conforme íamos nos aproximando da cidade e o dia começou a amanhecer, as dores nos pés e pernas aumentaram. Superação é a palavra que descreve para mim o que foram esses quilômetros finais. Venho de um problema no joelho e de uma tendinite no pé, que trato há meses e não sara. Somado a isso, as dores no abdômen, que me levaram ao hospital horas antes da caminhada. Ou seja, não era para eu estar caminhando a noite toda, era para estar na cama. Mas, se me convidam para algo que é difícil, que exige superação, sofrimento e que vou passar dor, tenha certeza que não recusarei o convite. Convivo há quase dez anos com dores crônicas, e nesse período realizei as viagens de aventura mais difíceis e inesquecíveis de minha vida. Aprendi que superar as dores, sejam físicas ou da alma, nos ajuda a evoluir como seres humanos, nos torna mais fortes.

A caminhada noturna acabou com o dia amanhecendo, na igreja onde nos reunimos no final da tarde do dia anterior. A caminhada que era para ter 40 quilômetros, acabou tendo 38,87 quilômetros. Até pensei em andar um pouco mais pelas ruas próximas para fechar os 40 quilômetros redondos. Mas o cansaço e as dores eram tamanhos, que desisti de tal ideia. Eu já tinha feito caminhadas de 50, 60 e até 70 quilômetros. Mas divididas em dois ou três dias. Os quase 40 quilômetros dessa caminhada noturna foi meu recorde de caminhada no mesmo dia. No salão paroquial da igreja, estava sendo servido um saboroso café para todos os caminhantes. Comi um pouco, me despedi do pessoal e fui para casa, pois estava sentindo muito sono. Passei o domingo na cama, dormindo a maior parte do tempo e sentindo aquela sensação gostosa de dever cumprido, de mais um desafio atingido.

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Segue um agradecimento especial ao Andrey e a Karina Legnani, que foram os idealizadores dessa primeira Caminhada Noturna São Francisco de Assis. E outras virão, pois ficou definido que essa caminhada passará a ser realizada todos os anos, no mês de outubro.

E meu problema no abdômen não era apendicite e não vou precisar passar por cirurgia. O problema é outro, não muito grave, mas que com os cuidados adequados será curado com o tempo. Então valeu ter conversado com Deus, e ter entrado num acordo com Ele sobre não precisar passar por cirurgia. Naquela noite de lua, caminhando sozinho na estrada, Deus estava de ouvidos bem abertos para minhas preces… Valeu Deus!

Caminhada na Natureza – Boa Esperança / PR

Hoje foi dia de levantar cedo e pegar a estrada até a cidade de Boa Esperança, para participar da última Caminhada na Natureza, de 2019. Eu não conhecia Boa Esperança. Minha mãe morou nessa cidade quando adolescente.

A cidade é simpática, bem organizada e um amigo que estava junto contou que ela tem a maior renda per capita da região. A recepção da caminhada foi em um parque, a beira de um lago. Local bonito e organizado. E todos foram recebidos com um farto e delicioso café da manhã. E gratuito! O café da manhã foi muito bom, e estava melhor do que muitos cafés que pagamos em outras caminhadas.

Inscrição feita, discurso de alguém, que eu acho que era o Prefeito da cidade. Estava conversando e não prestei atenção no discurso. Nunca dou atenção a discursos. Depois teve o aquecimento, do qual nunca participo também. Prefiro aquecer caminhando.

E foi dada a largada para a caminhada, que iniciou contornando o parque e logo entrou na mata. E seguimos por dentro da mata por quase todos os nove quilômetros da caminhada. Nos postos de apoio, sempre tinha água gelada, doces e frutas. Organização nota 10! Parabéns ao pessoal de Boa Esperança!

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Alemão, André, Eliane e Vander.

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De volta ao Pico Paraná – Parte 1

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Com 1.877 metros de altitude, o Pico Paraná é a montanha mais alta da Região Sul do Brasil. Está situado entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul, no conjunto de serra chamado Ibitiraquire. Foi descoberto pelo pesquisador alemão Reinhard Maack que entre 1940 e 1941, efetuou diversas incursões à Serra do Ibitiraquire com o objetivo de obter medições e anotações sobre a fauna e a geomorfologia da região. Maack juntamente com os alpinistas Rudolf Stamm e Alfred Mysing e com auxílio de tropeiros da região, partiu em 28/06/1941 com o objetivo de conquistar o cume da montanha. Rudolf Stamm e Alfred Mysing conseguiram chegar ao cume da montanha no dia 13/07/1941.

Após pouco mais de seis anos, voltei ao Pico Paraná. Fomos num grupo de 12 pessoas, onde o único que já tinha subido uma montanha antes, era eu. Nosso grupo era composto por nove homens e três mulheres. Quarenta dias antes tínhamos iniciado o projeto de subir o Pico Paraná. Nesses 40 dias algumas pessoas entraram e outras saíram do grupo. O pessoal também aproveitou para treinar, pois desde o início deixei claro que a empreitada não era nem um pouco fácil. Também treinei bastante, e só não treinei ainda mais, por culpa de dores no meu joelho esquerdo bichado e da tendinite no pé direito, que trato há quase um ano e não quer sarar. Mesmo com as limitações causadas pelas dores físicas, cheguei bem fisicamente no dia de subir o Pico Paraná. E eu podia contar com algo que os demais não tinham, que era a experiência.

Após uma longa noite de viagem numa van não muito confortável, chegamos em Curitiba e já começou a chover. Felizmente a chuva durou pouco e quando chegamos na Fazenda Pico Paraná, o sol estava alto e quente no céu. Tivemos um pouco de dificuldade para encontrar a entrada da Fazenda, mas no fim deu tudo certo. Logo que desembarcamos, já começamos a nos preparar para subir o morro. Cerca de uma hora depois já nos encontrávamos em fila indiana subindo os primeiros metros da trilha. Nosso grupo era formado por: Vander, Krisley, Igor (irmão do Krisley), Marilda (tia do Krisley e do Igor), Roberto, Lucas, Wellison, André, Amanda, Sidinei, Ronaldo e Taise (noiva do Ronaldo). O grupo era bastante heterogêneo, com idades que iam dos 17 aos 49 anos. Mas mesmo com suas diferenças, desde o início nosso grupo foi bastante unido e aguerrido. O tempo todo um ajudava ao outro, e essa união fez nossa jornada ser muito mais fácil.

Sempre achei o início da caminhada a parte mais difícil, pois o corpo está frio, a mochila parece mais pesada do que realmente está, e o lado psicológico joga contra nós. Você se sente mal e extremamente cansado logo no início, então acaba achando que não vai conseguir caminhar por várias horas e quer desistir logo no início. Tivemos tal problema com um integrante de nosso grupo, mas com a união de todos e um pouco de conversa, o problema se resolveu e ninguém desistiu. Felizmente o sol deu uma trégua após meia hora de caminhada e isso facilitou as coisas. Pelo caminho encontramos um grupo de 17 pessoas, vindas de Florianópolis, e nas horas e no dia seguinte, tivemos contato mais próximo com muitas pessoas pertencentes a esse grupo de catarinenses. Após quase duas horas de caminhada chegamos ao Morro do Getúlio e ali fizemos uma longa parada para lanche. Depois seguimos em direção a mata fechada e boa parte da tarde ficamos subindo e descendo morro em meio a galhos, raízes de árvores, rochas, riachos e muita lama. Tinha chovido na mata e a trilha ficou lisa e perigosa. Quando saímos da mata, não era possível ver o Pico Paraná, pois ele estava encoberto por um denso nevoeiro.

Ainda no meio do nevoeiro, iniciamos a parte mais complicada e perigosa da subida, que é superar a carrasqueira, um longo paredão de rocha, com degraus e correntes que ajudam a subida. Como estava tudo molhado, os degraus ficavam com um pouco de barro que tinha soltado dos calçados do que passaram antes por ali, então isso aumentava o perigo. Qualquer descuido poderia causar algum acidente grave. No fim tudo correu bem, os que tiveram mais dificuldade em subir esse trecho, foram auxiliados pelos demais. A união do grupo fez uma enorme diferença nessa parte da subida. Depois tivemos mais um longo trecho de caminhada e finalmente chegamos ao A2, acampamento onde passaríamos a noite.

Tinham mais pessoas acampadas no A2, então o lugar onde montamos nossas barracas não era dos melhores. Alguns saíram buscar água numa mina próxima e a maioria preferiu descansar. Após tomar um banho de gato utilizando lenços umedecidos e colocar roupas limpas, aproveitei para dormir um pouco. Tinha dormido pouco na viagem e depois do esforço do dia ao percorrer quase nove quilômetros com mochila nas costas, eu estava exausto. No final da tarde vimos um helicóptero dos bombeiros passar pelo acampamento. Depois ficamos sabendo que ele tinha tentado resgatar uma moça do grupo de Florianópolis, que machucou o pé gravemente e estava esperando resgate no A1. Por culpa do mal tempo, não conseguiram realizar o resgaste, o que só foi feito no final da manhã do dia seguinte.

A noite chegou no acampamento e com ela o frio e muito nevoeiro. Aproveitei para “jantar” uma lata de salsichas e mais algumas guloseimas. Fui fazer xixi num matinho ao lado da barraca, e deu para ter noção do quanto tinha esfriado. O nevoeiro deixava o acampamento com um visual incrível, mas achei melhor voltar logo para a barraca e tentar me aquecer. Tinha gente no grupo passando frio, pois é natural que algumas pessoas sintam mais frio que outras. Como tenho boa resistência ao frio, talvez por já ter passado muito frio na vida e também por ter quase certeza de que fui um urso polar em outra encarnação (detesto calor e amo o frio!), emprestei minha blusa para a Amanda. Mesmo sentindo um pouco de frio, e com o desconforto da barraca, pois para eliminar peso optei por não levar saco de dormir e isolante térmico, consegui dormir muitas horas. O plano era levantar pouco antes do sol nascer e partir para o ataque ao cume do Pico Paraná.

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Em pé: Wellison, Vander, Ronaldo, Taise, Marilda, Igor, Amanda e Roberto. Agachados: Krilsley, Lucas, Sidinei e André.

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Primeira longa parada para descanso.

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Almoço no Getúlio.

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Começando a difícil parte da floresta.

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Kit alimentação.

 

Caminhada na Natureza – Janiópolis

Domingo nublado, clima ameno, levantei não tão cedo, e fui com dois amigos participar da Caminhada na Natureza, na cidade de Janiópolis. Tinha bastante gente a após um breve aquecimento começou a caminhada. No início estava meio travado, ficávamos mais parados do que caminhando. Mas aos poucos a caminhada foi evoluindo e tudo ficou melhor. O clima ajudou, caiu uma pequena garoa e refrescou bastante. A caminhada foi de 8,5 quilômetros e serviu como treino para a subida do Pico Paraná daqui uns dias. No geral essa caminhada foi legal. De negativo é o pessoal que leva som alto para caminhar. Isso acaba incomodando, pois quem vai caminhar na natureza quer é paz e silêncio.

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Caminhada em Jussara

Hoje foi dia de levantar cedo para participar de uma caminhada diferente. O grupo de caminhadas da vizinha cidade de Peabiru, foi convidado para participar de uma caminhada teste na cidade de Jussara. O pessoal de Jussara pretende entrar no circuito de Caminhadas na Natureza, então organizou um roteiro e convidou o pessoal de Peabiru para conhecer o roteiro e depois dar palpites, sugestões e criticas. Como tenho amigos no grupo de caminhadas de Peabiru, consegui ir junto com eles e levei a Amanda e o Alemão.

Fomos de carro até Peabiru, cidade vizinha a Campo Mourão e de lá percorremos de ônibus os 68 quilômetros até Jussara. Eu tinha dormido tarde na noite anterior, e estava com muito sono. Dormi o tempo todo, mesmo no banco desconfortável do ônibus escolar. Em Jussara fomos recepcionados com um saboroso café da manhã. Até o prefeito foi nos recepcionar.

A caminhada começou pelas ruas da cidade e depois seguiu por um longo trecho de terra mecanizada, tipo de terreno que onde é horrível caminhar. Em seguida entramos na mata e ali ficamos por algumas horas. Tinham muitas trilhas subindo e descendo morro, paramos num rio com uma pequena cachoeira, onde alguns corajosos entraram na água.

Na parte final da caminhada acabamos nos perdendo, pois existiam muitas trilhas e quase nenhuma sinalização. Tivemos que sair da mata, andar um pouco ao redor dela, até que encontramos algumas pessoas da organização, que nos indicaram o caminho correto a seguir. Depois foi tranquilo o final da caminhada. De volta a cidade ficamos na pracinha central, onde lanchamos. Um morador local bastante antigo, sentou conosco e ficou contando histórias da cidade. Seu Brás era bastante simpático e falante e se mostrou ser uma ótima companhia.

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Caminhada Noturna em Peabiru

Sexta-feira, começo de noite, segui com alguns amigos até a vizinha cidade de Peabiru. Lá encontrei outros amigos e fizemos uma caminhada noturna por estradas perto da cidade. Foram 10 km, onde sofremos com a poeira, pois faz tempo que não chove por aqui. Após a caminhada, todos reunidos no Bar do Botinha, no centro da cidade, para tomar cerveja, Coca-Cola, comer coxinha e pastel, e dar muitas risadas… Nada melhor para relaxar após uma semana estressante.

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Caminhada na Natureza – São Tomé

Hoje foi mais um dia de levantar cedo e participar de uma caminhada do circuito Caminhada na Natureza. Dessa vez a caminhada foi em São Tomé, cidadezinha simpática que fica distante 82 quilômetros de minha cidade. Já passei algumas vezes no trevo de acesso a São Tomé, mas nunca tinha entrado na cidade.

Fazia bastante frio, num dia ensolarado e com muito vento. E como não tem chovido há muito tempo em nossa região. tinha muita poeira. O vento levava a poeira até nosso olhos, boca, algo bastante desagradável. Tinham muitos participantes na caminhada, que foi uma das mais movimentadas de que já participei.

Caminhei com meus amigos André e Alemão, e como sempre zoamos bastante e demos muitas risadas. O roteiro da caminhada passou por muitas plantações, o que sempre é tedioso. Mas também passou por lugares legais, inclusive rios e uma bela cachoeira. Eu estava meio gripado e bastante rouco, o que o frio e a poeira só fez piorar. Mesmo assim, foi uma caminhada muito legal…

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Caminhada na Natureza – Iretama

Mais um domingo levantando cedo para ir numa caminhada. Dessa vez foi na cidade de Iretama. Essa caminhada era para ter acontecido no dia 2 de junho, mas foi adiada por causa da chuva. Eu e alguns amigos pegamos carona no ônibus do grupo de caminhadas da cidade de Peabiru. Foi mais uma caminhada divertida, passando por locais muito bonitos, conhecendo gente, conversando e rindo muito. O clima ajudou e o sol apareceu somente depois do meio da caminhada. Mais 12 km pra conta!

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Caminhada na Natureza – Altamira do Paraná

O domingo foi de caminhada, dessa vez na cidade de Altamira do Paraná. Fazia dez anos que não ia em Altamira, a última vez que estive lá também foi em uma caminhada. Foram 12 km de caminhada, por locais muito bonitos. Depois da caminhada foi servido o prato típico da cidade, Carneiro Recheado, do qual passei longe, pois não gosto de carneiro.

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Caminhada na Natureza – Etapa Mamborê

Após uma longa ausência por culpa de problemas físicos, voltei a participar de uma Caminhada na Natureza. Dessa vez a caminhada foi na cidade de Mamborê, na Comunidade do Gavião. Tenho um carinho enorme pela região do Gavião, pois esse foi o local onde meus pais foram morar após de casarem em 1967. Inclusive a lua de mel deles foi na estrada que leva até o Gavião, dentro de um caminhão quebrado e com um tio meu ao lado. Quando criança fui algumas vezes ao Gavião, pois meu avô paterno tinha um compadre que vivia lá e eles faziam expedições de caça. Nessa época, em meados dos anos setenta, a região tinha muita mata, muitas Araucárias e também veados e onças em certa abundância. Hoje em dia quase tudo por lá foi tomado por plantações de soja.

Até Mamborê fui de carro, e junto comigo foram os fiéis parceiros Alemão e Laine, e um novo amigo, o André. No centro da cidade pegamos um ônibus com mais alguns caminhantes e rodamos 14 quilômetros por estrada de chão, até chegar na Comunidade do Gavião. Após tomar o café da manhã, fizemos inscrição para a caminhada. Depois teve aquecimento e o início da caminhada.

O trecho percorrido foi bem legal, passamos por rios, pequenas cachoeiras e muitos trechos de mata. Ainda existem algumas Araucárias sobreviventes no local. No meio da caminhada comecei a sentir dor no pé direito por culpa de uma tendinite que não quer sarar e manquei os quilômetros finais. Apesar das dores e de ser um dos últimos a chegar ao fim, foi uma caminhada muito legal, um pequena visita ao meu passado, a minha história.

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Acqua Trekking em Peabiru

Após quase um ano de ausência, voltei a participar de um Acqua Trekking, na cidade de Peabiru. E escolhi para meu retorno, um sábado de muito sol e calor. Fui com alguns amigos e encontrei outros em Peabiru. Foi uma tarde gostosa, caminhando pela mata, rio e passando por algumas cachoeiras. E não podia faltar um tombo… Dessa vez caí quando caminhava dentro do rio, e fui parar sobre umas pedras. Não machuquei nada além do orgulho…

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Mais um tombo pra coleção…

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Segundo a Dayse, teve fogo no parquinho…

Caminhada na Natureza: Campo Mourão

Pela terceira vez fui participar da Caminhada na Natureza de Campo Mourão. Foi um pouco complicado levantar cedo, pois tinha dormido tarde na noite anterior. Acabei indo de carona com algumas amigas, que não conheciam o caminho. Até o local do início da caminhada, são cerca de 17 km por uma estrada ruim, cheia de pedras e buracos.

O percurso foi o mesmo das outras vezes que participei. Tem algumas paisagens bonitas e uma subida que não é nada fácil. Os organizadores sempre anunciam que a caminhada tem 12 km, mas na verdade ela tem 14 km. Distância checada mais de uma vez com GPS. Talvez os organizadores informem uma quilometragem menor, com receio de que muitos caminhantes desistam antes mesmo de começar a caminhar.

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Caminhada em Peabiru

E para fechar as caminhadas de 2017 com chave de ouro, aconteceu uma grande caminhada em Peabiru. E depois teve um delicioso almoço, com a tarde a beira do rio, pois fazia muito calor. De negativo somente um tombo besta que levei quando estava parado e caí batendo as costas numa pedra. Por muito pouco não me machuco gravemente.

Caminhada na Natureza: Goioerê

Esse domingo foi dia de acordar cedo, e viajar 70 km para participar da Caminhada na Natureza de Goioerê. A caminhada tinha bastantes participantes e o percurso foi interessante. Mesmo com calor e sol quente na cabeça, valeu a pena ter levantado cedo para ir caminhar.

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Caminhada na Natureza: Quinta do Sol

Mais um domingo acordando cedo, reunindo os amigos e pegando a estrada rumo a uma etapa do circuito Caminhada na Natureza. Dessa vez a caminhada foi na cidade de Quinta do Sol. Tinha chovido muito no dia anterior, então o caminho tinha muito barro. Mas isso não atrapalhou a caminhada, que passou por locais muito agradáveis e paisagens bonitas.

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Caminhada na Natureza: Farol

Domingo de sol, foi dia de participar de mais uma caminhada do circuito Caminhada na Natureza. Dessa vez a caminhada foi próximo a cidade de Farol. O percurso foi de 12 km e tinha muitos participantes. Alguns trechos bonitos, incluindo um bela cachoeira, onde era opcional descer até ela e mais opcional ainda subir pela lateral dela. De negativo somente muitos trechos de caminhada no meio de plantações, o que é algo monótono.

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Caminhada na Natureza: Engenheiro Beltrão

Hoje foi dia de caminhar na natureza. Após dois anos voltei a participar de uma caminhada em Engenheiro Beltrão. Na verdade a caminhada é na região de Ivailândia, alguns quilômetros após Engenheiro Beltrão. Esse ano mudou um pouco o trajeto e ficou bem mais longo e melhor, passando por muitos trechos em meio á mata e ao lado do rio Ivaí. Foram 15 km de caminhada, boa parte com tempo nublado e depois com um sol escaldante. Estávamos em uma turma bem animada e isso fez a caminhada ser ainda mais prazerosa e divertida. Sei que ri muito!

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