A dupla Bob & Robison fez muito sucesso em meados dos anos oitenta. Eles comandaram um programa sobre música sertaneja, no SBT. Esse programa passava logo após o programa do Chitãozinho & Xororó, que na época estavam começando a ter muito sucesso. Pouco tempo depois Bob & Robison resolveram parar com a carreira, por motivos pessoais. Em 1987 vi um show deles em Campo Mourão e na época podia me considerar um grande fã da dupla, pois sabia a letra de quase todas as músicas deles. E foi uma pena terem encerrado a carreira no auge.
Mas após vinte anos estão voltando a cantar. E na última semana tive a oportunidade de ver a dupla cantando ao vivo em um programa de televisão e até mesmo conversar com os dois. Também ganhei um CD autografado, com todos os grandes sucessos da carreira de Bob & Robison. Espero que esse recomeço de carreira tenha o mesmo sucesso do passado e que em breve eles possam fazer algum show aqui em Campo Mourão.
A melhor forma de esquecer
É dar tempo ao tempo
A melhor forma de curar o vício
É no início
A melhor forma de escolher
É provar o gosto
A melhor forma de chorar
É cobrindo o rosto
Evitar as rugas
É não olhar no espelho
Esvaziar o revólver
É puxar o gatilho
A melhor forma de esconder as lágrimas
É na escuridão
A melhor forma de enxergar no escuro
É com as mãos
As idéias estão no chão
Você tropeça e acha a solução
Acabar com a dor
É tomar um analgésico
Matar a saudade
É não olhar pra trás
A melhor forma de manter-se jovem
É esconder a idade
A melhor forma de fugir
É a toda velocidade
As idéias estão no chão
Você tropeça e acha a solução
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca pois metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção
E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Há um tempo atrás coloquei uma postagem aqui no Blog sobre o filme Into the Wild (Na Natureza Selvagem). É uma história veridica, cujo livro li faz alguns anos e depois vi o filme, que concorreu ao Oscar 2008 de melhor filme. Desde que li o livro fiquei com umas idéias malucas de largar tudo e sair por aí durante um tempo. O comodismo, minha rotina, minhas obrigações acabaram me fazendo voltar a realidade e a vontade ficou somente na “vontade”. Daí em fevereiro entrei numa crise brava de depressão, onde perdi a vontade de tudo e sem exageros, perdi a vontade de viver, nada mais me motivava e dava prazer. Comecei a fazer terapia e a terapeuta disse que eu é que teria que encontrar uma saída para meu problema, fazer algo que me deixasse motivado, com alegria de viver novamente. Em seguida passei por um período de insonia, não conseguia dormir por dias. Numa dessas noites de insonia achei a saída que talvez pudesse me devolver a alegria de viver. Lembrei do livro Into the Wild e de um texto do Amyr Klink, que fala sobre viajar e outras coisas mais. Então decidi que ia largar tudo por um tempo e sair por aí, “cair no mundo” e voltar quando me sentir bem novamente, quando a vontade e alegria de viver retornarem, quando conseguir sorrir novamente. Não farei algo tão radical quanto o personagem do livro/filme, que acabou tendo um final nada feliz.
Essa semana duas pessoas me perguntaram se conhecia esse filme, pois elas viram o filme e ficaram “inspiradas”, com vontade de viver algo parecido. Respondi que vi o filme, li o livro e que breve farei algo parecido. Que criei coragem finalmente de largar tudo e fazer algo meio maluco, mas que me atrai. Criei coragem, mas confesso que estou morrendo de medo, mas esse medo acaba me motivando ainda mais. Será um tempo, não sei se semanas, meses ou anos, mas será uma experiência interessante, inesquecível com certeza.
Abaixo segue um texto que minha amiga Gabi postou no Blog dela, falando sobre o filme em questão e da vontade dela de fazer algo parecido:
Ultimamente tenho pirado mto sobre a vida e sobre futuro… acho que se tivesse coragem eu gostaria de viver esse vídeo abaixo…é de um filme…eu nem assisti o filme ainda…mas 2 pessoas já indicaram, e qndo vi esse vídeo fiquei mto afim de ver… acho que nesse fim de semana eu assisto e depois comento aqui!
O que mais me dói é pensar que jamais teria coragem de fazer isso… masss… esse sentimento é hj…amanhã td pode mudar!